A partir do conhecimento holístico, a saúde é vista de forma complexa, ou seja, abrange o todo (corpo, mente, emoções, espírito, outros), onde os órgãos e os campos do ser humano estão interligados e funcionam interdependentes.
Desta forma, isto é, a partir dessa compreensão, o diagnóstico e o tratamento de qualquer doença ou desequilíbrio na saúde deveriam considerar as orientações da ciência holística, já que esta, expressa amplitude desde a investigação das causas.
Conforme Cavalcante (2020), a saúde holística considera o ser humano em todas as suas dimensões: física, emocional e espiritual, inclusive, na realização do diagnóstico, prevenção e tratamentos, com atenção nas causas que deram origem às doenças e/ou o desequilíbrio no organismo.
De acordo com Teixeira (1996), a saúde holística envolve aspectos físicos, psicológicos, sociais e culturais, todos interdependentes, portanto, justifica a necessidade de um conceito de saúde cujo a considere como equilíbrio dinâmico.
Vale salientar que a saúde sob a ótica holística defende e contribui significativamente com a prática da humanização, inclusive, no âmbito hospitalar, aspecto fundamental no decorrer de todo processo que envolve pessoas desde o primeiro contato, geralmente na recepção, passando por diagnósticos e procedimentos, possíveis internações, tratamentos diversos e, entre outros, as altas hospitalares. A maneira como toda essa dinâmica é conduzida influencia direto e/ou indiretamente na recuperação de saúde do paciente, de acordo com cada caso.
Segundo Leite e Strong (2006), a influência holística na humanização hospitalar contribui com o desenvolvimento da visão do ser humano inserido num contexto biopsicossocial, como um ser singular que traz consigo uma história de vida impregnada de valores culturais, onde, no momento, encontra-se fragilizado pelo seu problema de saúde e pela própria situação imposta pela internação, ou seja, é uma fase na qual o indivíduo é retirado de seu cotidiano e passa a obedecer às regras institucionais. Tudo isso deve ser considerado no processo terapêutico individual, ou seja, de cada pessoa.
Além disso, Cavalcante (2020), ao defender os aspectos teóricos, metodológicos e práticos que fundamentam a saúde holística, diz que as emoções estão por trás da maioria dos problemas e disfunções do corpo físico, todavia, lembra que não somente as emoções têm provocado problemas à saúde física, mas também os maus hábitos e comportamentos, como os alimentares e o próprio estilo de vida.
Contudo, pode-se compreender que o ser humano precisa ser visto, estudado, interpretado e tratado na sua totalidade, ainda que com focos específicos e periódicos de acordo com cada problema, demanda e contexto.
Assim é a visão da ciência holística, constituída por paradigmas, teorias, conceitos, definições e saberes comprovados na prática através de pesquisas, processos terapêuticos, tratamentos diversos, vivências orientadas e documentadas, além de outras experiências.
REFERÊNCIAS:
CAVALCANTE, Elizabeth. Saúde holística: autoconhecimento. Somos Todos Um, 8 ABR 2020.
LEITE, Telma Alves de A. Fernandes; STRONG, Maria Isabel. A influência da visão holística no processo de humanização hospitalar. O mundo da saúde. São Paulo: 2006.
TEIXEIRA, Elisabeth. Reflexões sobre o paradigma holístico e holismo e saúde. Rev.Esc.Enf.USP, v.30, n.2, AGO 1996.
TEXTO E IMAGEM:
MACÊDO, Antônio César Dias de. Saúde holística: interpretações. Saúde Coletiva e Meio Ambiente. Textos. < antoniocesardm.com > 4 JUN 2024.
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